Opinião: Resistir na ocupação é o grito de estudantes da UESB

Por William Martins – DCE Uesb

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Ontem, 25 de novembro, recebemos a liminar do Juiz Ricardo Campos, que autoriza desocupação da UESB, campus de Vitória da Conquista. De acordo o documento, temos 24 horas para deixar a Universidade de forma pacífica, ultrapassando esse tempo, foi autorizado o uso da força policial, mesmo sendo em um final de semana, para a desocupação.

A UESB se encontra ocupada desde o dia 21 de outubro, que foi o dia em que o DCE convocou assembleia e teve como um dos pontos de pauta a ocupação. Além das pautas nacionais, motivo pela qual levaram as ocupações de todo o Brasil, temos também as pautas locais como 7% da RLI do Estado para as UEBA’s, 1% da RLI para a Assistência Estudantil das UEBA’s e a revogação do Plano Estadual de Assistência Estudantil.

Desde o início da ocupação encontramos problemas com uma minoria que é contra a ocupação, intitulada como Liberta UESB. Foi feito uma segunda assembleia para a permanência ou não da ocupação, na presença do grupo Liberta, que teve um número muito pequeno de pessoas a favor do fim da ocupação.

Desde então, o grupo Liberta UESB, que não consegue ser maioria nas assembleias, vem buscando por meio de instrumentos da democracia burguesa, uma forma de acabar com a ocupação.

O primeiro enfrentamento foi em uma reunião convocada pelo Ministério Público, onde o MP fez uma recomendação para que a reitoria entrasse com o pedido de reintegração de posse no prazo de 10 dias, cabendo a sofrer suas penalidades caso não acatasse o pedido. A reitoria conseguiu ampliar o prazo, alegando que isso deveria ser discutido no Conselho Superior da Universidade, que estava marcado para o dia 29 de novembro, mas como seria o dia da votação da PEC no senado, a pedido do DCE, Adusb e Ocupação, foi adiado para o dia 7 de dezembro. Nesse mesmo dia da reunião com o MP, o Liberta UESB entrou com o pedido de desocupação, independente da decisão da reitoria ou não, a mesma foi aprovada pelo Juiz que apresentou a liminar hoje.

Em assembleia hoje, 25 de novembro, aprovamos a permanência da ocupação e a resistência diante a polícia militar, que só hoje já entrou na universidade quebrando os cadeados do portão principal, para entregar a liminar, no prédio que realizamos nossas assembleias.

Resistiremos contra toda forma de deslegitimação da ocupação por entender o contexto nacional que estamos passando em todo o país ao lutar por nossos direitos, mesmo contra a força da policia. Continuaremos na luta, firmes e fortes, ao lado de todas(os) aquelas(es) que estão dispostos a lutar por uma universidade pública, por uma educação e saúde pública e de qualidade, por um país melhor para a classe trabalhadora. Somos rebeldes sim, pois a nossa rebeldia é o povo no poder!



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