Coluna Saúde: Dermatite Atópica

novo horizonte

Por Drª  CRYSTHIANE VALERA – DERMATOLOGISTA MEMBRO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA

CLÍNICA SANTÈ (Avenida Otávio Santos – Centro Médico Altamirando da Costa Lima)

Drª Crysthiane Valera é DERMATOLOGISTA e MEMBRO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA
Drª Crysthiane Valera é DERMATOLOGISTA e MEMBRO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA

A dermatite atópica é uma doença inflamatória crônica da pele que apresenta uma evolução cíclica com períodos de melhora e piora. Há sempre uma tendência a piorar nos meses muito quentes ou frio. A etiologia não é exatamente conhecida, sendo multifatorial. Observa-se um caráter familiar e frequentemente está associada à asma ou bronquite e rinite alérgica.

Não é uma doença contagiosa e a sua freqüência na população vem aumentando gradativamente.

O eczema atópico, termo utilizado como sinônimo da dermatite atópica, é sua manifestação mais comum e caracteriza-se por lesões inflamadas da pele, avermelhadas, que coçam, descamam e, às vezes, ficam úmidas.

Inicia-se no primeiro ano de vida, na maioria dos casos, tem uma evolução crônica e cerca de 60% das crianças apresentam redução ou desaparecimento das lesões antes da adolescência. No bebê as lesões predominam na face e nas superfícies externas dos braços e pernas.

Nas crianças maiores e nos adultos as lesões acometem principalmente as dobras do corpo, como as dos joelhos, cotovelos e pescoço. Nos casos mais graves, pode acometer grande parte da superfície corporal. Portadores de dermatite atópica apresentam uma incidência maior de infecções bacterianas, fúngicas ou virais da pele. Apesar da melhora gradativa da doença com a progressão da idade, o paciente com dermatite atópica tende a manter, durante toda a sua vida, uma pele ressecada que se irrita facilmente.
A dermatite atópica tende a aparecer ou a piorar quando a pessoa é exposta a certas substâncias ou condições.

São fatores desencadeantes:
– pele seca;
– poeira;
– detergentes e produtos de limpeza em geral;
– roupas de lã e de tecido sintético;
– baixa umidade do ar;
– frio intenso;
– calor e transpiração;
– infecções;
– estresse emocional;
– certos alimentos.

O paciente com atopia apresenta uma incidência maior de alergia alimentar quando comparado com o paciente sem atopia. Cerca de 30% dos pacientes com dermatite atópica podem apresentar alergia a algum alimento, sendo mais freqüente nas crianças abaixo de 2 anos de idade e nos casos mais extensos e graves. Nos quadros clínicos mais leves, assim como em crianças maiores e adultos, a presença da alergia alimentar é muito rara. Os principais alimentos envolvidos são os leites de vaca e de cabra, ovos, peixes, crustáceos, milho e amendoim. A retirada do alimento suspeito contribui para a melhora do quadro clínico, mas não cura a doença.

A chave para o controle da dermatite atópica é evitar ou reduzir a exposição aos fatores desencadeantes e tratar as crises agudas.

O uso diário e contínuo de cremes hidratantes e fundamental para o sucesso do tratamento, e seu uso deve ser mantido mesmo após a melhora das lesões; pois a pele estando bem hidratada o numero e a gravidades das crises diminuem.

Procure seu dermatologista para mais informações .

DRA. CRYSTHIANE VALERA

DERMATOLOGISTA MEMBRO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA

CLÍNICA SANTÈ



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