Por Mariana Kaoos
Gatinhas e gatões, como estão passando? Cansados e ressaquiados do fim de semana? Bom, imagino que sim, já que ele foi da pesada. Como todos sabem, nessa última sexta-feira, 03, e sábado, 04, rolou a primeiríssima edição do Devaneios Sonoros, festival independente produzido pelo Coletivo Suiça Bahiana. Fazendo um resumão gostoso do evento, bom, ele aconteceu no Bar Ice Drink e contou com apresentações de djs e bandas já conhecidas a nível local e nacional.
Na primeira noite, por exemplo, os meninos da Dost (Vitória da Conquista) dividiram palco com os suspertars da Scambo (Salvador) que, em meio à gritaria, babadeira e exaltação instigaram o público ao som de clássicos como Ocê E Eu, Carcará e Carne Dos Deuses. A nossa queridíssima dj Paulinha Chernobyl também não deixou por menos e apresentou um set de discotecagem recheado de bass music, bem como funk e outros gêneros que permeiam e dão qualidade ao que chamamos de música popular brasileira.
Já no sábado a algazarra e os sorrisos foram protagonistas. Alguns detalhes sobre a noite são interessantes de ressaltar por aqui: Bom, vou começar falando do público mais velho e, aparentemente, maduro. Maduro no sentido de se portar mesmo na festa. Vi todo mundo dançando, se divertindo, porém, sem invadir o espaço alheio. Pelo que pude perceber, a plateia interagiu muito bem com o dj Rafha, o grupo Um Lugar Para Dois e a cantora Anelis Assumpção, observando a performance dos três em palco e o repertório apresentado.
Outra coisa bacana foi que não rolou um assédio sequer. Paquera sim, e isso é saudável, cremoso e esperado em qualquer festa que reúna pessoas ávidas por consumir cultura. Mas assédio não. Diferentemente de tantas outras produções que vem ocorrendo por aqui, o Devaneios Sonoros foi tranquilíssimo, um festival que além de trazer qualidade e inovação como adjetivos, trouxe a palavra respeito como valor.
As comidinhas estavam deliciosas e num preço justo. A cerveja, trincando, tanto que, por diversas vezes, ela chegava a empedrar nas mãos do público. Ah, importante frisar que o espaço também não foi ruim. A reforma do Ice Drink está bem avançada e, ao contrário do que muitos pensaram, o local não ofereceu perigo aos presentes. Calor sim, isso não posso mentir. Mas, com uma noite quente daquelas, não era para menos, diga ai?
Alguns descuidos ocorreram, como em toda produção, dentre eles, os mais visíveis foram o atraso para início da festa e alguns problemas no som, na hora da apresentação de Um Lugar Para Dois. Problemas à parte, foi tudo divino, maravilhoso. Tão divino, maravilhoso que, agora, me utilizarei daquela máxima de que uma imagem vale mais que mil palavras e deixar vocês conferirem a galeria de fotos. Os cliques ficaram por conta de Amanda Nascto que fez um trabalho incrível através do seu olhar.