Por Mariana Kaoos
Dizem que o nosso estado de espirito influencia em absolutamente tudo o que fazemos, até mesmo nas atividades mais condicionadas do nosso dia a dia. Se você está feliz, por exemplo, as coisas, automaticamente, assumem um gosto de satisfação. A leitura, a escuta, os momentos são mais prazerosos e profundos, por assim dizer. Profundos porque ganham um adjetivo pouco utilizado e bastante certeiro: Imprescindível. E imprescindível, tem o seguinte significado:
Adj. Que não se pode dispensar ou renunciar;
Indispensável;
Classe gramatical: Adjetivo de dois gêneros;
Separação das sílabas: Im-pres-cin-dí-vel;
Plugal: Imprescindíveis;
Enfim, se me fosse dada a obrigação de descrever os agitos culturais que por aqui aconteceram nesse fim de semana em apenas uma palavra seria essa a que eu utilizaria: Imprescindível. Digo isso porque os encontros, as conversas, as músicas, tudo, tudo tudo foi divino, maravilhoso. Portanto, para não deixar você no ar, sem entender direito o que quero dizer, vou comentar de algumas coisas que rolaram por aqui. Em umas eu estive presente, em outras ouvi burburinhos, logo, essa matéria fica em aberto caso você, amado leitor, queira contribuir com suas impressões acerca de algo bacana que tenha rolado por aqui:
– “Sexta-feira é de branco e é quase fim de semana. Eu saio cedo do trampo, pego um pouco de grana e vou correndo pra ela. Pra minha roda de samba, tomo um buzú na ladeira e corro inteira a cidade, com o peito cheio de felicidade e no pé um
compasso que é dois por quatro do samba”:
O que dizer dessa sexta que mal passou e eu já quero que volte? Bom, apesar de ter sido o dia da mentira, os sorrisos e os encontros foram bem de verdade.
– Fui ao shopping tomar um pequeno maltine do Bob’s e a máquina estava quebrada. Logo, na ânsia do desejo, fui em direção à minha segunda opção: Burguer King. Nunca tinha tomado nada lá, mas arrisquei e pedi o milk shake de ovo maltine. Resultado: desastroso. Crianças, não tomem o ovo maltine do Burguer King porque é extremamente doce. A textura é muito grossa e uma camada de baunilha que eles colocam no fundo acaba com tudo. Em compensação, o sanduiche é sempre o mais saboroso e os brinquedinhos então, ah, fiquei morrendo de vontade de ganhar todos aqueles brinquedinhos;
– Segunda coisa que percebi no Moviecom do Shopping Conquista Sul: Os filmes continuam dublados. Eu já vi Deus e o mundo reclamarem dos filmes dublados e, sinceramente, ainda não compreendi porque em 85% das sessões eles são oferecidos dessa maneira. Será que não está na hora dos responsáveis pelo cinema repensarem essa questão?
– Saindo do Shopping fui olhar as luzes da cidade, ali no mirante e olha, que lindeza que Vitória da Conquista é, viu? A cidade cresceu de um jeito absurdo. Digo, a cidade cresceu de um jeito absurdo em tamanho, não necessariamente em qualidade de vida e mentalidade social. Contudo, vale a pena parar de vez em quando e apreciar um pouco da beleza da nossa terra;
– Na sexta a noite rolou o aniversário da Cervejaria Mata Branca. Não fui conferir de perto, mas quem foi me garantiu que foi delicia cremosa. As cervejas estavam estupidamente geladas e saborosas e Fernando Bernardino se superou nessa última apresentação;
– Bom, já entrando em clima de São João, ainda na sexta à noite, rolou muito forro delicia no Canto do Sabiá. A fogueira aqueceu a todos os presentes (e nos deixou com cabelo fedorento de fumaça rs), assim como a inúmera variedade de cachaça que tem por lá. Biá, meu fotógrafo e anfitrião preferido, recebeu a todos com o seu sorriso largo de sempre. O Canto não estava cheio, como fica de costume. Contudo, foi o espaço ideal para quem queria tomar uma de leve e bater um papo bacana;
-Ao contrário do Canto do Sabiá, que estava tranquilo e favorável, o Aquarius Gourmet se encontrava em bombação infinita com muita, mas muita gente mesmo ali pela porta e um rock n roll bem gostoso lá dentro. Assim como foram o Castelo do Vinho, Apogeu e até mesmo o Argentinos, o Aquarius é o novo point da galera. É lá que a paquera e a loucura rolam soltas;
– Por fim, pelo menos o meu primeiro de abril foi finalizado de uma maneira inusitada e surpreendente. Acabei parando no Xamparia music bar. Tinha muito tempo que eu não ia lá e, na sexta, quando retornei, a mesma alegria e animação continuavam presentes. Marlua se apresentou junto com Ronaldo Costa e a boa música comeu solta;
“O dia é sábado, impossível fugir dessa dura realidade”:
– Por motivos de força maior não sai no sábado, mas fiquei sabendo de duas festas que atraíram muita gente e foram maravilhosas. A primeira, intitulada Selvagem House Party #2 foi lá na Janela Cajaíba e contou com discotecagens, dentre elas, a do nosso excelentíssimo dj Loro Voodoo. Soube que mais de 250 pessoas colaram no evento e que muita catuaba e beijo boca aconteceu;
– A segunda festa, porém, não menos importante foi a rave Flutuance. Em relação a festas eletrônicas, elas sempre aconteceram aqui em Vitória da Conquista, mas só agora, é que elas estão atraindo mais e mais pessoas que compartilham e descobrem as maravilhas do universo eletrônico. A Flutuance aconteceu no Rancho Uchoa e contou com alguns djs como Tony, Loroo Voodoo, Trindade e Divinori. Vi uns vídeos bem bacana da galera empolgada rolando pela internet. Acredito que para quem ainda não conhece as nossas raves conquistenses, vale a pena conhecer;
“É domingo na moça e na praça”:
– Domingo é sempre o meu dia preferido da semana. Faça chuva ou faça sol, eu sempre acordo de manhã cedinho, com gosto de coco queimado na boca e com sentimento de amor dentro do coração. Quando rola alguma programação especial para os meus domingos, vixxi, é uma efusividade, uma explosão de sorrisos que chega enjoa. Bom, esse domingo, 03, começou da melhor forma possível: Com o Bendito Bazar que rolou lá no Café Society. Várias peças de roupas, DVDS, acessórios e cervejas mil estavam disponíveis, a um precinho de banana. Otávio Henrique, dono do Café, mais uma vez recebeu a todos de braços abertos. O som estava bacana e os petiscos também. Comi um bacon com geleia de hortelã que, meu deus, foi quase que a concretude da palavra felicidade em forma de sabor na minha boca. O Bazar atraiu muita família e, foi justamente isso, o que deu o tom despojado e confortável no ambiente;
– Na sequência, meus pés me levaram mais uma vez ao Canto do Sabiá. E eu fico tão contente quando isso acontece porque lá as coisas são sempre lindas e os passarinhos sempre cantam. Sem querer muito me delongar, no Sabiá rolou show de Marlua com seu projeto Samba a Três. Ou seja, muito Caimmy, Vinicius e o melhor da música popular brasileira. Ah, também teve feijoada, pratasso por dez reais, que eu não comi, mas bem fiquei olhando a expressão de felicidade dos que saborearam a feijuca. Foi uma tarde bem leve e tranquila, bonita, assim como tem que ser num dia de domingo;
– Finalizando o fim de semana fui a outro samba, dessa vez o que rolou na Concha Acústica do Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima. A entrada estava a dez reais e um quilo de alimento e as bandas Maynart, Mulher no Samba e AfroSamba se apresentaram não deixando a galera parada um minutinho sequer. Não deu muita gente. Na verdade, o Samba Cultural foi a culminação de um projeto de capoeira que estava rolando durante o fim de semana lá no Centro de Cultura, então, acabou que deu mais o pessoal que estava envolvido no evento como um todo. Teria sido ainda melhor se mais gente tivesse comparecido.
Espero que da próxima isso possa acontecer.
