Conquistense é o primeiro baiano em missão arqueológica no Egito

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O conquistense André Effgen, ex-aluno do curso de história da UESB (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia) e atualmente aluno de Mestrado do Programa de Pós-graduação em Arqueologia no Museu Nacional/UFRJ, está no Egito participando de uma missão Arqueológica como membro do “Nerferhotep Project”, na cidade de Luxor, a antiga Tebas dos faraós.

O “Neferhotep Project” engloba a escavação de diversas tumbas no complexo funerário do escriba do deus Amon Neferhotep. O projeto foi iniciado em 1999 e, atualmente,  possui uma equipe formada por arqueólogos e egiptólogos da Universidade de Buenos Aires (Argentina), Universidade de Chieti e Pescara (Itália) e do Laboratório de Egiptologia do Museu Nacional/UFRJ, que são responsáveis pelas pesquisas. O projeto engloba, ainda, a restauração da tumba de Neferhotep por um grupo de profissionais alemães, com uma técnica pioneira utilizando laser.

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As tumbas do complexo de Neferhotep localizam-se no chamado “Vale dos Nobres”, parte da necrópole da antiga Tebas, próximo ao “Vale dos Reis”, local de sepultamento dos mais famosos faraós do Egito antigo, no caminho que leva ao templo memorial da rainha-faraó Hatshepsut. As tumbas do “Vale dos Nobres” foram destinadas a altos funcionários ligados da administração faraônica e ao grande templo do deus Amon em Karnak. Além da tumba do grande escriba Neferhotep, a equipe de egiptólogos brasileiros, juntamente com  italianos, realiza as escavações de duas outras tumbas de sacerdotes denominados “puros” que exerciam sua função no templo de Karnak como responsáveis pelo manuseio do material ritual do templo de Amon.

A campanha de escavações de 2016 está produzindo descobertas significativas, como uma grande quantidade de estatuetas de servidores funerários, cuja função seria realizar os trabalhos no mundo dos mortos, além de múmias humanas e animais, e caixões. Alguns destes objetos são similares aos que se podem ver na exposição egípcia do Museu Nacional na Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro.

A equipe do Laboratório de Egiptologia do Museu Nacional, coordenado pelo egiptólogo Antonio Brancaglion Jr. vem contribuindo com as novas descobertas no “Vale dos Nobres”, realizando a decifração de antigos textos registrados na ainda misteriosa língua dos hieróglifos.



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