Tome Nota: Depois de nós, é nós de novo

´mundo vet

Po Mariana Kaoos

Eu não ando só, só ando em boa companhia:

Alô alô amantes da cultura e do desbunde em geral. Tudo bem com vocês? Comigo está tudo na mais justa adequação: Métrica, rima e nunca dor. Nessa primeira segunda feira pós-carnaval, trago boas novas: Estou de volta a essas férteis terras do sertão e, mais que nunca, sedenta por cultura. Cheguei, Conquista, e foi a saudade que me trouxe pelo braço! Quero trocar, conversar, produzir, distribuir, consumir arte nesses quatro cantos da cidade. Cultura erudita, cultura literária, cultura popular, cultura gastronômica, cultura de resistência. É tudo nosso e nada deles. Aqui há espaço para tudo. Inclusive para apontar, reverberar, questionar, criticar o que anda meia boca dentro desse nosso universo cultural, tá sabendo? Ouvi dizer que, durante o carnaval que pintou por aqui, fizeram do nosso único teatro da cidade um espaço para detenção de foliões infratores. Que coisa mais desrespeitosa com o Carlos Jehovah. Pode isso, produção?

Pode não, assim como não pode um milhão de outras coisas, dentre elas, o descaso com a nossa produção de cultura local. Como dizem que o ano só começa, de fato, depois do carnaval, é agora que eu faço a seguinte indagação: Lideranças do poder público, vocês já começaram a criar um plano de ação cultural que possa ser executado durante todo o ano, ou agora em 2016 iremos mais (e mais e mais e mais e mais e mais e mais) uma vez focarmos as nossas energias e a nossa verba pública destinada à cultura em apenas três mega eventos vitrines? E senhores responsáveis pelo poder privado de Vitória da Conquista, agora em 2016, vocês já começaram a compreender o quanto é interessante que suas empresas estejam ligadas às questões culturais e o quanto é necessário apoiar e investir na produção artística local? Podemos contar com os senhores (tanto os do poder público, como os do poder privado) para o apoio dos nossos mirabolantes e incríveis projetos? Espero que sim porque se tudo der certo, esse será um ano mega bom, giga bom, tera bom.

E olha, o que falar de 2016 que mal começou e eu já considero pacas? É, posso começar dizendo que com apoio ou sem apoio, já tem evento previsto para agitar esses próximos dias de fevereiro. Ainda não sabe? Então saca só:

Porque a frase, o conceito, o enredo, o verso e, sem dúvidas, sobretudo o verso, é o que pode lançar mundos no mundo:

84e31807-4aec-4e18-8370-ecbf2cc1551b

Olha Iaiá, olha como o ano começou bem para nós que vivemos em relacionamento sério com as palavras e a literatura: Nessa quarta-feira, mais precisamente no dia 17 de fevereiro, vai rolar a primeiríssima edição do projeto intitulado Leituras Vespertinas – Encontro com autores. Na verdade a ideia é criar rodas de conversas sobre a produção e consumo literário na região.

Aí, abrindo com chave de ouro, quem estará presente nesse primeiro encontro será a professora e coordenadora da Biblioteca Sá Nunes, Cristina Freitas, o escritor e professor de literatura, Helder S. Rocha, o jornalista e escritor, Alberto Marlon, e, por fim, mas não menos importante, o professor, revisor e editor das Edições UESB, Yuri Chaves. Além da troca de ideias, eles já garantiram, Iaiá, que vão distribuir alguns de seus livros para a moçada presente.

Então, não temos nem desculpa para não irmos, diga ai? O Leituras Vespertinas vai rolar ali na Biblioteca Sá Nunes, que fica exatamente no Bairro Recreio, na Avenida Jonas Hortélio. Eu não tenho muita certeza, mas, se não me falha a memória, acho que a Biblioteca fica ali perto daquele ginásio de esportes que pertencia ao Educandário Juvêncio Terra. Sabe onde é? Então. A entrada é franca e o nosso bat horário será às 16 horas. Nem um minuto a mais, nem um minuto a menos. Fica certo assim, Iaiá?

Sorria, que o samba mata a tristeza da gente. Quero ver o meu povo contente do jeito que o rei mandou:

a8293cb4-014e-42d3-aa49-ceb8d6d0f817

Ê mainha, ê painho, só digo uma coisa pra vocês, viu: Prepara o rebolado que esse domingo vai ter samba delícia. Imagine aí, aquela tarde de sol, um calorão gostoso, tempo de sorrir, se divertir, sair por aí e encontrar pessoas interessantes, tomar uma gelaaaaaaaaada, viver poesia, sentir brisa de vento batendo no cangote, dançar, estar em comunhão com os seus, ouvir música de qualidade que faz parte da construção da nossa cultura nacional. Já imaginou? Então agora prepara, agora prepara porque tudo isso realmente vai acontecer.

No próximo domingo, mainha, dia 21 de fevereiro, a partir das 13 horas. O Hotel Mambembe, projeto musical de Euri Meira e Alexandrina Santana, vai apresentar o seu mais novo show. Intitulado Na Cadência do Samba, a ideia é de fazer um apanhado do samba desde o início do século passado até os dias atuais. Então é provável que role de Monsueto à Caymmi, de Bezerra da Silva à João Nogueira e por aí vai. O certo é que a cuíca vai gemer e o pandeiro não parar.

Olha mainha, se estamos falando de apresentação musical de qualidade num domingo a tarde, não podemos sequer imaginar que seja em outro lugar que não no Canto do Sabiá, não é não? Então já anote na agendinha, que o nosso encontro é mais que garantido. O valor da entrada não foi divulgado no evento, mas acredito que não deve passar dos cinco, no máximo dez reais. Preço acessível e popular, que abrange a todos os públicos.



Cultura, Vitória da Conquista

Comentário(s)


4 responses to “Tome Nota: Depois de nós, é nós de novo

  1. Uma delicia ler seu texto Mariana Kaoos, dá uma vontade incrível de sair fazendo e consumindo cultura.
    Agora não posso deixar de registrar minha indignação com o episódio do Teatro Carlos Jeovah, que tristeza! Que falta de consideração com a história do local. Mas este tempo tá tão estranho,nê?Vergonhoso,não sabia e fiquei arrasada.

  2. Que diálogo aconchegante e real! Leitura gostosa de fazer, não conheço tal projeto, mas que me deu uma vontade danada de participar, há se deu?! rsrs

Comentários fechados