Namorada de dono de academia morto nega participação no crime

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Presa em novembro por suspeita de ter planejado o assassinato do próprio namorado, o empresário e dono de academia Felipe Lavina Machado, 27 anos, Elen Cury, 23, deixou a penitenciária depois de 40 dias. Em entrevista ao G1, Elen contou que o namorado fazia empréstimos de dinheiro a juros e que isso pode ter motivado o homicídio.

Ela negou ter sido mandante ou ter qualquer participação no crime. De acordo com Elen, os três suspeitos não chegaram perguntando pelo cofre, mas pelo dinheiro. “Quem indicou o cofre a eles foi o próprio Felipe e eles disseram: ‘Cadê o restante?’. Eles não foram para roubar, eles foram para matar o Felipe”, disse.

De acordo coma polícia, Felipe estava dormindo com a namorada quando foi capturado por três homens armados dentro de casa. Ainda segundo a polícia, os criminosos perguntaram onde estava o cofre.

Eles levaram R$ 10 mil em dinheiro, além de roupas e celulares das vítimas. Os criminosos colocaram então o casal no carro do irmão de Felipe e percorreram mais de três quilômetros na Baixada Fluminense.

No final do percurso, os bandidos exigiram que o casal descesse do carro, taparam os olhos da namorada de Felipe e dispararam três tiros contra a cabeça dele. Ele foi encontrado somente de cueca. Depois disso, bateram com o revólver na cabeça da jovem, foram até uma outra rua, e abandonaram ela e o carro.

“Eu permaneci rendida dentro do carro por um dos bandidos que tampava meus olhos enquanto mantinha uma arma apontada para a minha cabeça”, relatou Elen ao G1.”Eu creio que o foco não era eu. Eu gostaria inclusive de saber o porquê da morte do Felipe”, complementou.

A casa de Felipe fica em cima da casa dos pais e, para chegar ao local, o empresário usava uma escada separada. A polícia disse que não havia sinal de arrombamento na porta, que estava destrancada no momento da abordagem dos criminosos.

Em depoimento, a namorada de Felipe disse que os bandidos tinham muitos detalhes dos dois. Além dos nomes, eles sabiam os modelos dos carros de cada um deles e que existia um cofre na casa. Imagens de câmeras de segurança serão usadas pela polícia para ajudar a identificar os suspeitos.

Investigações
O inquérito da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense, que deve ser concluído no início de 2016, indica pelo menos duas testemunhas apontando a participação de Elen como mandante do crime.

Durante as investigações do caso, uma testemunha relatou ter sido procurada por dois traficantes e um primo de Elen, Luigi, além da própria, para juntos planejarem a execução do assalto à casa de Felipe, que mantinha um cofre em sua residência.

Com essas informações, o delegado responsável pelo caso teria dado a ordem de prisão. Poucos dias após o crime, dois dos traficantes que mataram Felipe foram mortos por outros criminosos na favela da Chatuba, em Mesquita.

Dias depois da prisão de Elen, Luigi também foi preso após ter confessado participação no crime. Elen, no entanto, nega que Luigi seja seu primo. A polícia também apura a relação entre os dois



Brasil, Polícia

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