Escola é acusada de racismo após comunicado pedindo ‘cabelo liso’

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Uma escola localizada no bairro de Jardim Vergueiro, na capital de São Paulo, foi bastante criticada após enviar um comunicado aos pais pedindo que as alunas fossem para a apresentação de Natal com os cabelos lisos soltos, para fazer com que o evento “ficasse ainda mais bonito”.

Para mostrar como deveria ser o penteado, foi usada uma foto da atriz mirim Larissa Manoela, famosa por papéis em novelas infantis como ‘Carrossel’, no SBT. Na trama, a personagem Maria Joaquina xingava constantemente o colega de classe Cirilo (Jean Paulo Campos), que era negro, pobre e apaixonado pela menina.

Críticas

Algumas pessoas ligadas a alunos da escola, a Associação Cedro do Líbano de Proteção à Infância, divulgaram o comunicado na internet. A imagem foi publicada também pela página Levante Negro, onde chegou a quase 15 mil compartilhamentos.

Os internautas ficaram revoltados com o pedido e acusaram a escola de racismo, afirmando que ela estaria ainda destruindo a autoestima de meninas com cabelos cacheados ou crespos. “Só um detalhe irônico, ainda usaram a Maria Joaquina como modelo, personagem que, se eu me lembro bem, é racista”, disse o internauta Diego Vince.

“Esse ‘padrão’ é exatamente o que vai fazer muitas meninas se sentirem mal por não conseguirem puxar o cabelo da forma que a professora PRECONCEITUOSA E INTELECTUALMENTE ATRASADA quer”, disse outra usuária. “Sério que tem gente defendendo isso e achando que fazer chapinha na criança é uma solução?”, reclamou Fábio Marques.

Polêmica

Após a grande repercussão, a escola divulgou um comunicado em seu site, afirmando que foi um mal-entendido, um erro individual de um funcionário sem a autorização da direção. Em nota, a instituição disse ainda que as medidas administrativas já estão sendo tomadas.  “Questões de diversidade cultural, racial e religiosa fazem parte do plano de trabalho da escola, com autorização e acompanhamento da Diretoria Regional de Educação”. Leia, na íntegra, a nota:

“A Associação Cedro do Líbano de Proteção à Infância vem por meio desta nota esclarecer que todas as questões de diversidade, racial e religiosa estão contempladas no Plano de Trabalho da Associação, Plano este acompanhado e autorizado pela Supervisão de Ensino da Diretoria Regional de Educação.

O procedimento equivocado e individual de um funcionário sem a autorização da Direção (o qual as medidas administrativas já estão sendo tomadas), não pode representar a imagem de todo um trabalho voluntário de 68 anos a favor da igualdade e contra qualquer tipo e forma de preconceito.

Citamos ainda que recentemente foi implantado pela Prefeitura Municipal de São Paulo os Indicadores de Qualidade de Educação, onde esta instituição foi muito bem avaliada pela comunidade e pais de alunos, e o mesmo é objeto de formação na Educação das nossas crianças”. (Fonte: iBahia)



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