Crônica: AVE ANAMARIA

´tex encomendas

Por Marcísio Bahia

Marcísio Bahia é colaborador do Blog do Rodrigo Ferraz. Foto: Raimundo Laser
Marcísio Bahia é colaborador do Blog do Rodrigo Ferraz. Foto: Raimundo Laser

A guerra violenta que se tornou o trânsito brasileiro é assunto que precisa de mais rigor por parte das autoridades judiciais. Os casos que envolvem agressores, alcoolizados, e suas vítimas, familiares e a sociedade como um todo, requerem a máxima de que o sujeito, motorista embriagado e atropelador, gerador de vítimas inocentes, seja afastado do meio social, por representar perigo à sociedade, podendo gerar outras vítimas.

A legislação deveria estar correta e o Estado procura educar e coibir os crimes de trânsito, apesar dos recursos nunca suficientes, entretanto a interpretação legal ainda fica a dever, pois geralmente a posse de carrões luxuosos representa um divisor social, geralmente não é um desafortunado do vil metal que está atrás do volante, cometendo insanidades e gerando vítimas tão inocentes quanto Anamaria, lutando para sobreviver em um leito de hospital.

O indivíduo, habilitado ou não, que senta embriagado ao volante, assume o risco de matar, de inutilizar pessoas que são protegidas pela mesma legislação que permite o acusado de estar em liberdade. Como assim?

O pagamento de uma fiança de R$10 mil acabou liberando o suspeito. Então, teremos que colocar placa de preços em nossos membros, no tronco e na cabeça, ou então seria mais justo trocar as placas de trânsito por cardápios humanos, informando quanto vale a vida de um pedestre; quanto vale ficar inválido em cima de uma cama, ou passar para condição de portador de necessidade especial.

A revolta da família pela soltura do atropelador deverá sensibilizar a sociedade conquistense, pois imaginemos uma estudante de 16 anos obrigada a interromper tão jovem trajetória, até momentos antes do atropelamento, feliz e promissora. Imaginemos Anamaria como uma de nossas filhas.

Ainda temos que destacar a dignidade pacífica da família, contrapondo a violência da qual é vítima também, realizando um ato sereno em momento de tão grande turbulência.



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