Jovem adotada por italianos há 25 anos busca mãe biológica em Vitória da Conquista

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Foto: Reprodução / Facebook
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Aiala Jessica Stramaglia nasceu em Feira de Santana no dia 5 de agosto de 1989, mas, aos quatro meses de idade, foi adotada pelo casal de italianos Vincenzo Stramaglia e Giuseppina Maramo. Hoje, aos 25 anos, ela é formada em biomedicina e vive na província de Avellino, perto de Nápoli, no sul da Itália, com o pai adotivo, já que a Giuseppina morreu há 13 anos. A jovem tem buscado a mãe biológica, Maria Sônia de Oliveira Santos, há cerca de cinco anos e, segundo informações conseguidas por Aiala, a mulher, que hoje teria 42 anos, pode viver em Vitória da Conquista. Já se sabe também os nomes de seus avós maternos: Otaviano de Oliveira Santos e Laurita Rosa dos Santos. “Minha mãe (biológica) vivia na casa de um casal, em Feira de Santana, quando eu nasci. Eles me disseram que, depois que eu parti para a Itália, ela foi para Vitória da Conquista, mas não sei se ela continua ali”, contou Aiala em entrevista ao Bahia Notícias. Maria Sonia tinha 18 anos quando deu a luz ao bebê. Abandonada pelo pai da criança e sem condições de criá-la, a empregada doméstica aceitou a sugestão dos patrões, que tinham amigos italianos interessados na adoção.

Foto: Reprodução / Facebook
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Aiala sempre soube das suas origens, mas o desejo e a ansiedade para encontrar a mãe biológica aumenta a cada dia, ainda mais após a perda da mãe adotiva. “Quanto mais passa o tempo, mais diminuem a probabilidade de encontrá-la. Os meus pais são fantásticos, eu os amo imensamente. Mas eu sou brasileira. Alguém fez a escolha certa e me deu uma vida melhor, uma vida feliz. Também tive o azar com a morte da minha mãe, quando eu era pequena. Mas eu sou formada, noiva há oito anos, amada por todos os parentes e isso é mérito da minha mãe biológica. Ela não ficou comigo porque estava sozinha e era pobre, não porque não me queria. O meu pai eu nem sei se sabe que eu nasci, ele a abandonou. A escolha da minha mãe eu vejo como um ato de amor. Eu a procuro para dizer obrigada. Acho que ela pensa em mim, mas não tem como me encontrar ou, quem sabe, não quer perturbar a minha vida”, explica a jovem, que é filha única e tem esperança também de encontrar eventuais irmãos.

Ela não fala português, mas tem buscado com determinação maneiras para encontrar sua mãe. Aiala tem estabelecido contato com muitos brasileiros nas redes sociais e usa o tradutor do Google para se comunicar. No entanto, a barreira linguística é um problema para ela. Além disso, caso encontre o paradeiro da mãe e ela deseje conhecer a filha, existe um outro obstáculo entre as duas. “Estou buscando uma maneira para ir ao Brasil. A Itália vive uma profunda crise econômica e o desemprego entre os jovens é de 40%. A empresa do meu pai não vai muito bem e eu não encontro trabalho”, conta a biomédica. Fonte: Bahia Notícias



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