Na manhã desta quarta-feira, os estudantes do Colégio Estadual Padre Luis Soares Palmeira voltaram a protestar. Segundo os manifestantes, o protesto é contra a infraestrutura da escola, principalmente em relação ao telhado de amianto, um espécie de fibra que provoca calor excessivo. “Mesmo de manhã, é um calor muito grande. Então, imagine à tarde. É quase impossível ficar na sala”, disse Jhonatan Nascimento Silva, estudante do 1º ano do Ensino Médio.
A insatisfação, no entanto, não é somente do corpo discente. Os professores e demais funcionários do colégio também reclamam. O professor Vagner Barone diz que “o calor que faz na sala prejudica o desempenho nos alunos, toda hora é alguém querendo sair para tomar água, pois o calor é demais. A concentração fica difícil, então muitos acabam ficando prejudicados e o desempenho vai mal”.
Na última terça-feira, 07, Ricardo Costa, diretor do Núcleo Regional de Educação, a antiga Direc-20, , disse em reportagem à TV Sudoeste que em breve será feito um estudo no colégio para que sejam instalados aparelhos de ar-condicionado nas salas para amenizar o calor. Porém, os alunos dizem que não pediram isso. “A gente foi lá no ano passado, eles já sabiam disso há muito tempo. O que a gente quer é que mude o telhado, pois se for instalar ar condicionado aqui vai precisar mudar toda a parte elétrica, e nós sabemos que isso vai demorar mais ainda, além de ser difícil eles terem esse gasto todo. Colocar os aparelhos nas 13 salas é meio difícil de acreditar”, disse Natália Viana, aluna do 2º ano.
Ainda de acordo com a aluna, foi feito um pedido de retirada de grades das janelas das salas, pois, sem elas, as janelas poderiam ser mais abertas e o ambiente mais ventilado. Em vez disso, foram feitas aberturas na parede de cada sala. O problema, segundo os alunos, é que o barulho dos alunos em uma sala atrapalha o aprendizado em outra. Os estudantes prometeram continuar as mobilizações até que uma providência seja tomada.
