Opinião e Copa do Mundo: ‘A Cobra Vai Fumar’

rodrigo ferraz copa

Craque da Seleção, Neymar não se sente o protagonista do time dirigido pelo técnico Luiz Felipe Scolari; Foto: Gazeta Esportiva
Craque da Seleção, Neymar não se sente o protagonista do time dirigido pelo técnico Luiz Felipe Scolari; Foto: Gazeta Esportiva

Por Ubaldino Figueiredo

Relembrando esse grito de guerra dos nossos pracinhas, na segunda guerra mundial, “A cobra vai fumar”, se encaixa muito bem para o começo da Copa do Mundo, pela segunda vez no Brasil, atual penta campeão. Um começo que traz à tona o quanto os interesses políticos e financeiros que envolvem o certame, são capazes de modificar o que antes era uma simples disputa esportiva, para se tornar em uma verdadeira guerra de vaidades, interesses, promoção pessoal e político daqueles que conseguem, com suas armas, às vezes não legais, fazer do certame um verdadeiro negócio da China. As denuncias de corrupção e favorecimento, com a compra de votos, veiculadas pela imprensa internacional, trouxe à baila o submundo que é a entidade toda poderosa FIFA. Todos lembram que até 1970 as disputas das Copas eram de uma lisura impressionante, mobilizavam os apaixonados pelo futebol, envolvidos pelas ondas dos rádios, pois televisão era para poucos.

Na era atual tornou-se um negócio que envolve bilhões de dólares, com ingerência política. As denúncias de corrupção que foram noticiadas, no que diz respeito às escolhas da Rússia e do Catar para sediarem as Copas de 2018 e 2022, respectivamente, não surpreendem aqueles que acompanham de perto o futebol, pois sabemos do quanto se valem dirigentes para se promoverem através do esporte, bem como se locupletarem com contratos bilionários. Lembramos que durante os 24 anos de gestão de João Havelange, mais que dobrou o número de seleções participantes da Copa do Mundo, abrindo assim, as portas da entidade mundial, para todos os continentes; inclusive várias outras competições de participação mundial, foram criadas, ensejando com isso, vultosos contratos com as televisões e empresas patrocinadoras.

 

A FIFA tornou-se um estado independente que exige mudanças nas leis dos países que sediam as Copas, impondo suas regras e leis próprias, com exigências exorbitantes. Então, onde o vil metal entra em profusão, claro que desperta interesses, e a corrupção, infelizmente, passa a ser uma via fácil de, com mais facilidade, conquistar interesses, muitas vezes escusos. Essa é a realidade fora dos gramados.



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