Sétima Arte em Destaque: O Homem Duplicado

vestibular fainor 2014.2

Por Gabriel José – Estudante de Cinema da Uesb

homem

Um aviso para quem decidir se aventurar por este O HOMEM DUPLICADO (cujo título nacional nada  tem a ver com o título original ENEMY, ou INIMIGO em português): Não se trata de um suspense,  O Homem Duplicado  é uma espécie de filme de arte, repleto de sequências abstratas que imagino eu, carregam algum significado. Mas confesso que após 20 minutos de filme, eu já nem me importava mais com o significado das mesmas.

O filme é enfadonho, cansativo e feio. Mal fotografado, de aspecto pobre. É como se o diretor Denis Villeneuve (do ótimo OS SUSPEITOS) tivesse tomado um porre, dormido mal à noite, e acordado de ressaca achando de alguma maneira que se transformou em David Cronenberg. Pobre coitado…

Baseado no livro do escritor português ganhador do prêmio Nobel José Saramago (do infinitamente superior ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA), o filme parte de uma ideia intrigante: Um pacato professor universitário (o ótimo Jake Gyllenhaal, que trabalhou com o diretor em OS SUSPEITOS, já comentado aqui por mim), descobre por acaso ao assistir um filme que existe um homem idêntico à ele. Inconformado, ele sai à procura do homem e de um significado para toda a situação.

E é então que Villeneuve resolve despejar um monte de estranhezas sem sentido em cena, não explicando absolutamente nada nem para o público, e nem para o protagonista. Até aí tudo bem. O problema é que o filme não deixa nem seque perguntas para que possamos fazer. O filme simplesmente termina da maneira chata e obscura em que começou. O que resulta em um programa insuportável. O roteiro pífio também não ajuda em nada, e pelo contrário, só entravanca o andamento do filme.

Apesar de todo o esforço de Gyllenhaal, e da participação das beldades Mélanie Laurént (BASTARDOS INGLÓRIOS) e Sarah Gadon (COSMÓPOLIS), o filme simplesmente nem ameaça decolar.

O HOMEM DUPLICADO começa ruim, e termina ainda pior. Uma mentira de filme vendido como um suspense, quando na verdade é um pobre filme de arte que tenta brincar de thriller sexual. Uma piada.



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