Prisco manda recado e pede para a polícia não parar na Bahia

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Preso pela Polícia Federal na tarde desta sexta-feira (18), o soldado Marco Prisco, líder da greve promovida nesta semana pela Polícia Militar da Bahia, orientou os membros de sua associação a não retomar a paralisação em protesto contra a detenção.

A informação foi confirmada na noite desta sexta-feira pelo advogado e por dirigentes da Aspra (Associação dos Policiais e Bombeiros da Bahia), a associação comandada por Prisco.

O recado arrefeceu o ânimo de policiais que se reuniram nesta noite para discutir a possibilidade de uma paralisação motivada pela prisão de Marco Prisco, que é vereador em Salvador pelo PSDB.

Prisco foi detido pela Polícia Federal à tarde, na região da Costa do Sauípe (litoral norte da Bahia). Segundo o Ministério Público Federal e a Polícia Federal, ele estava em um resort -a defesa nega e diz que ele foi preso no caminho do hotel, onde seguia para descansar com a família.

A Procuradoria pediu a prisão no curso de uma ação referente à greve anterior da categoria, de 2012. O pedido, contudo, foi feito na última segunda-feira, quando a nova paralisação -iniciada na terça-feira- já era iminente. A Procuradoria reconhece que o pedido foi feito em razão da ameaça de nova greve, que acabou se concretizando.

Como a ordem de prisão partiu da Justiça Federal, o soldado foi levado de helicóptero ao aeroporto de Salvador, de onde seguiu para o complexo penitenciário da Papuda, em Brasília.

A detenção veio um dia após os grevistas fecharem acordo com o governo Jaques Wagner (PT), que ontem negou relação com a prisão e disse que mantém os itens acertados com a categoria. O comando da PM emitiu conclamando os policiais a se manterem em serviço.

No acordo que encerrou a greve, o governo Wagner aceitou elevar gratificações por funções e abrir nova discussão sobre o código de ética da corporação e plano de carreira.

Mesmo com o reforço de tropas federais, que permanecem no Estado, a greve foi marcada pelo aumento da violência no Estado: houve saques e ao menos 52 homicídios na Grande Salvador em 46 horas -a média é de cinco casos por dia. Fonte: Folha de São Paulo



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