Segundo dia do carnaval de Conquista leva multidão e revela falhas estruturais


cidade verde

DSC1104-860x280

Por Ana Paula Marques e Rafael Flores – Revista Gambiarra

Milhares de pessoas acompanharam neste domingo (02) a programação do Carnaval Conquista Cultural. Fantasiados ou não, o público que compareceu à Praça Guadalajara foi atrás do trio ao som da banda conquistense Badalêra, atração do Bloco NaFarofa. O percurso seguiu a Praça do Gil e voltou à Praça Guadalajara por volta das 20:00 horas.

Além do bloco NaFarofa, o folião pode desfrutar de outras alternativas como o carro de som do bloco Mamãe Eu Quero e a tenda do ponto de apoio do evento, localizado na Praça Guadalajara.

Alguns foliões reclamaram da falta de iluminação e sanitários durante o percurso. É o caso de Jacira Santos, que participa do carnaval em Conquista pelo segundo ano consecutivo. “Vi muitas pessoas fazendo xixi na rua, acho que o fato de só ter banheiro na praça dificulta um pouco”, afirmou.

DSC1261

Outro problema que é persistente, mesmo fora do carnaval, é a falta de lixeiras. “Lixeira realmente é um problema, porque a gente não tem onde colocar a lata de cerveja e acaba colocando no cantinho”, disse a foliã Paula Almeida, visitante de Salvador.

Para Dillan Jr., um dos organizadores da festa de rua, muitos desses problemas estruturais se devem ao fato de o carnaval não ter entrado ainda no calendário oficial da Prefeitura. Segundo ele, todos as pessoas envolvidas diretamente na organização não mediram esforços para realizar o evento durante os quatro dias. “É muito trabalhoso fazer o carnaval. Se a gente não tiver uma equipe pra correr atrás do que precisa, realmente é desgastante”, afirmou.

Sobre os banheiros químicos, o organizador falou que a prefeitura conseguiu garanti-los, apesar das dificuldades. “O fornecedor manda esses banheiros pra outras cidades do estado no período do carnaval. E não tá faltando, lógico que está faltando ao longo do percurso, mas aqui no ponto de apoio tem banheiro suficiente”, argumentou.

Questionado sobre a ausência de uma unidade móvel de saúde, Dillan atribuiu o problema à burocracia. “Essa é uma questão pra se resolver nos próximos anos”, disse. No entanto em entrevista para a Revista Gambiarra e para outros veículos da cidade, a organização do Carnaval Conquista Cultural previa um público circulante de 60 mil pessoas, o que pressupunha que se pensasse em como recebê-las no circuito.

O carnaval 2014 mostra que os conquistenses estão ávidos por uma festa popular deste nível, mas infelizmente revela o descaso da prefeitura com grandes eventos que fujam da sua grade anual (Festival da Juventude, Forró Pé de Serra do Peri Peri e Natal da Cidade). Um investimento público e eficaz evitaria os transtornos e deixariam o folião mais tranquilo para “carnavalizar”.



Bahia, Cultura, Vitória da Conquista

Comentário(s)