Sétima Arte em Destaque: Antes de Partir

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Por Gabriel José – Estudante de Cinema da Uesb

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Dizem que a única certeza realmente inquestionável na vida de qualquer um é de que todo aquele que nasce um dia vai morrer. Não por acaso se pensa alguma vez na vida – ou muitas vezes – qual é o sentido dela, afinal, não temos todo o tempo do mundo para errar e acertar. E o que você faria “se só te restasse esse dia”, como diria aquela música? Este  filme   trata disto, do que duas pessoas decidem fazer com o tempo que lhes resta. Inicialmente, não sei dizer bem o porquê, eu não estava muito interessada no filme, ainda que nele estejam dois “monstros sagrados” do cinema de Hollywood: Jack Nicholson  e Morgan Freeman .

Talvez minha resistência em assistir ao filme tenha tido a capa do DVD, que achei bem clichê.(ps: não é este que postei ,por isso procurei outra opção para postar aqui. ) Mesmo sem saber bem a razão, mas demorei  para assisti-lo

No início do filme conhecemos a dois homens com vidas opostas: Carter Chambers (Morgan Freeman), um mecânico que tem família, filhos e netos e que pode ser considerado quase uma “enciclopédia ambulante”, porque domina a história e curiosidades sobre temas tão diversos quanto as pirâmides do Egito ou a invenção do rádio; e a Edward Cole (Jack Nicholson), um empresário que investe pesado na recuperação capitalista de hospitais e que vive uma vida de “bon vivant”, entre várias casas, mulheres, viagens e supérfluos. Esses dois homens jamais se encontrariam se não fosse pela experiência de ficarem muito doentes. Carter e Edward acabam dividindo um mesmo quarto de hospital e, a partir daí, desenvolvem uma amizade inesperada e revolucionária.

 

A idéia de Antes de Partir não é das mais originais, mas a forma como ela é desenvolvida faz com que o espectador seja envolvido. Freeman e Nicholson apresentam uma química única na tela. Inclusive, Nicholson está no tipo de papel que sabe interpretar muito bem: o do homem ranzinza, como em Melhor É Impossível, filme este   que eu amo.  Ao mesmo tempo, o personagem coadjuvante de  Sean Hayes desempenha muito bem o papel do personagem que harmoniza a relação dos dois protagonistas. Os diálogos que seu personagem tem com o personagem de  Jack Nicholson  são sensacionais. Apesar do argumento  ser baseado numa situação difícil, que renderia dramas homéricos, Antes de Partir segue outra linha e transforma a tristeza em sorrisos.

Dosa muito bem os elementos dramáticos aos de comédia. Ou seja, o faz o espectador rir e chorar nas horas certas, emocionando de forma honesta. Não é genial, muito menos  é de entrar para a história do cinema. E nem precisa de tudo isso. O filme cumpre seu objetivo ao tocar , quem o  acaba de assisti-lo com certeza se depara com  as  lágrimas nos  olhos e um sorriso nos lábios. Como foi o meu caso  ,filme maravilhoso, RECOMENDADÍSSIMO.



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