Sétima Arte em Destaque: Um Dia

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Por Gabriel José – Estudante de Cinema da Uesb

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A vida costuma pregar peças. Situações inesperadas fazem com que aquilo que surge como certo se desestruture por completo, outras que aparentam ser ao acaso se mostram cruciais. Uns chamam de destino, outros de imprevisível. Independente da opção, fato é que a vida jamais deixa de surpreender, ao menos para quem se dispõe a encará-la de frente.

A grande sacada de David Nicholls, autor do livro  “Um Dia a qual este filme é adaptado,  foi contar a história de um casal a partir de um único dia por ano, ao longo de duas décadas. Por vezes os protagonistas nem mesmo se encontram neste dia, mas o momento de suas vidas retrata bem o contexto geral do que estava reservado para ambos. No fundo é uma história de amor típica, que apenas se aproveita de um truque esperto de narrativa.

No cinema, onde palavras precisam se transformar em imagens, a passagem dos anos é apresentada de forma criativa e leve, muitas vezes inserida no próprio contexto da cena. O ritmo da “vida em um dia” funciona, provocando lacunas intencionais que não deixam dúvidas ao espectador sobre o que aconteceu no período. Tudo para facilitar o bom entendimento da trama Confesso a vocês que gosto muito do genêro romance os filmes de romance realmente bons como Diário de uma Paixão , P.S , Eu te amo, Antes que Termine o Dia, Amor e outras Drogas , Um Porto Seguro , que jja falei dele aqui, As Pontes de Madson, entre outros , eles sempre me tocam muito.

 

O grande problema de Um Dia, o filme, é algo demolidor para qualquer romance: a ausência de paixão. Tirando a reta final, onde um flashback com as emoções à flor da pele arrebata o espectador, o filme é demasiadamente frio. Mesmo com Emma repetindo a paixão quase obsessiva que nutre por Dexter, raríssimos são os momentos em que uma faísca de magia surge entre os personagens. Em parte graças à atuação apática de Jim Sturgess, impulsionada pela personalidade de Dexter. É difícil torcer por ele, quanto mais que ambos darem  certo – uma sensação incentivada por David Nicholls, diga-se de passagem. É na esperança de Emma e em sua crença no amor que sente que o filme se sustenta, auxiliado pela boa atuação de Anne Hathaway.

Um Dia chama a atenção pelo todo. O quanto alguém conhecido ao acaso se torna importante em sua vida e a forma como esta pessoa muda ao longo dos anos, não apenas pelo contexto que a cerca, mas principalmente pelo lado emocional. Afinal de contas, histórias podem nascer sem que nem mesmo haja a consciência de que existem. Mas não se engane: Um Dia não é um filme de amor idealizado, repleto de flores. Os espinhos estão presentes, por vezes dolorosos, assim como também é a vida em certos momentos. Como Emma e Dexter bem percebem, nem todas as peças da vida são divertidas.



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