O clima continua tenso nos residenciais do Minha Casa, Minha Vida no Bairro Miro Cairo, em Vitória da Conquista. Na manhã de hoje (terça-feira) a Caixa Econômica Federal deu início a desocupação de cerca de 60 casas que foram invadidas por manifestantes desde o fim do ano passado.
Tristeza, choro e desespero tomaram conta dos ocupantes. O mutirão de reintegração das casas é realizado pela Caixa junto com a Polícia Militar e Oficiais de Justiça.
Em nota, a assessoria de comunicação da Caixa informa que ‘entrou com pedido de reintegração de posse das unidades invadidas’. Ainda na nota o órgão federal revela que ‘o pedido foi acatado pelo poder judiciário e cumprido pelos oficiais de justiça com o apoio das autoridades policiais. A Caixa esclarece que as unidades serão reparadas, se necessário, e redirecionadas para as famílias selecionadas pela prefeitura, de acordo com as regras do programa’.
Dois caminhões baú foram disponibilizados pelo banco para que os invasores coloquem os móveis nos veículos, que serão levados para onde os donos quiserem. As invasões aos imóveis chegaram ao ápice com a morte de um homem de 24 anos, no dia 30 de dezembro de 2013.
Segundo a Caixa, a situação dos imóveis que estão vazios deve ser resolvida até o final deste mês, quando as casas passarão por um sorteio, cuja responsabilidade está indefinida: a Caixa diz que é com a prefeitura e a prefeitura informa que é com a Caixa.
Com informações do jornalista Mário Bittencourt
Tive a oportunidade de conversar com algumas destas pessoas e constatei que, há muito tempo já estão cadastradas no programa Minha Casa, Minha Vida. O problema é justamente esse. Estão esperando há tanto tempo serem contempladas que, cansadas de esperar, resolveram invadir. Enquanto isso, muitos que se cadastraram em curto período de tempo já receberam as suas casas.
Este é o nosso país, onde jeitinho brasileiro, que é forma típica de corrupção, impera, gerando consequências revoltantes como essa.