Sétima Arte em Destaque: Mary Poppins – 50º aniversário

Por Gabriel José – Estudante de Cinema da Uesb

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Inspirado no recente lançamento Saving Mrs Banks , ou como o titulo brasileiro ridiculo de Walt Disney: Nos Bastidores de Mary Poppins, hoje comento o clássico Mary Poppins que acaba de comemorar 50 Anos , em breve comentarei aqui sobre o filme citado, mas hoje falaremos do clássico que o inspirou.

Na Londres de 1910, GeorgeBanks (David Tomlinson) é o diretor mais jovem do Banco Fiduciário Fidelit y. Entretanto, Banks não demonstra em casa o mesmo tato que tem para cuidar das cifras. Seus filhos, Jane e Michael (Karen Dotrice e Matthew Garber, respectivamente), são duas pestes que não conseguem manter uma babá por mais de duas semanas. A última delas acaba de deixar a casa, quando os garotos fogem atrás de uma pipa descontrolada. Decidindo não mais perder o controle da situação, o pai das crianças resolve ele mesmo contratar uma nova ama. Eis que o vento muda de direção e surge Mary Poppins (Julie Andrews).

De forma desconcertante, Mary Poppins aparece e acaba sendo contratada para o posto. A partir daí, sua missão é aproximar o pai distante que só se preocupa com o trabalho e assuntos “sérios” e os filhos que fazem traquinagens para chamar sua atenção. Com brincadeiras divertidas, muita imaginação e, é claro, alguns truques, Poppins consegue dar outras cores aos moradores do número 17 da Rua das Cerejeiras.

“Mary Poppins” pertence à safra de filmes da Disney conhecida pelo entretenimento para a família. Ou seja, é uma produção que agrada a todas as idades e, além de divertir, guarda alguns ensinamentos morais para a criançada. Aqui, a importância da família é, sem dúvidas, a maior lição. Os pequenos gestos ao lado daqueles que se ama são valorizados sobre o mundo material e características como generosidade e bom-humor são destacadas.

Personagem de oito livros da australiana P. L. Travers, Mary Poppins teve sua história adaptada pelos estúdios Disney em 1964. Apesar da idade, a produção continua atual, após  50 anos depois do lançamento. Apesar das mudanças enfrentadas pela educação e pelo comportamento infantil ao longo das décadas, é difícil que alguma criança não se encante com o mundo mágico da babá inglesa e o carisma de Julie Andrews.

A atriz que teve sua estréia em live action neste filme (anteriormente já havia dublado o desenho “A Rosa de Bagdad”) é a escolha certa para o papel. Ganhadora do Oscar pela interpretação da babá, Andrews é mais lembrada pelo papel-título de “A Noviça Rebelde”, outro musical. No entanto, sua interpretação na fita de 64 é tão memorável quanto. Andrews imprime a doçura e a rigidez da dissimulada personagem na medida certa e transforma a praticamente perfeita Mary Poppins em nossa pessoa favorita, como se referem a ela os pingüins-garçons em determinada cena. Praticamente perfeita porque não consegue separar a razão do coração, o que a deixa mais humana e nos faz amá-la mais ainda.

Afora os dotes de atriz, Andrews é uma excelente cantora e bailarina e encontra em Dick Van Dyke seu parceiro ideal. O limpador de chaminés Bert é uma espécie de discípulo de Chaplin e o humor físico é seu ponto forte. Também ótimo cantor e dançarino, Van Dyke ainda surpreende aos menos atentos nos créditos finais. Ele também é responsável por interpretar o velho Sr. Dawes, presidente do banco onde George Banks trabalha.

Além do Oscar de melhor atriz, a película levou para casa os prêmios de melhor edição, melhores efeitos visuais, melhor trilha sonora e melhor canção original por “Chim Chim Cher-ee”. Mas todas as canções do filme se destacam pela alegria ou emoção proporcionadas ao público. Prova disso é a abertura que sobrevoa Londres ao som de uma pout-pourri com a trilha quase completa ao invés de se optar por uma só.

Após assistir ao espetáculo que é “Mary Poppins”, se lhe faltarem palavras, ainda há uma coisa que se possa tentar dizer: “supercalifragilisticexpialidocious”.



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