Saiba como foi o show de Erasmo Carlos na abertura do Natal da Cidade 2013

Até um cover de Roberto Carlos se apresentou ao lado do 'tremendão'
Até um cover de Roberto Carlos se apresentou ao lado do ‘tremendão’

Durante o show que fez no palco da Praça Barão do Rio Branco, na noite da quarta-feira, 18, em que abriu oficialmente a programação musical da 17ª edição do Natal da Cidade, Erasmo Carlos fez questão de compartilhar com o público uma inusitada curiosidade: um de seus filhos, Carlos Alexandre – hoje na casa dos quarenta anos – fora concebido em Vitória da Conquista, no início dos anos 70, durante uma viagem de automóvel do Rio de Janeiro a Salvador, que o cantor fizera ao lado de sua então esposa, Nara – por sinal, musa de várias de suas canções.

Segundo o relato de Erasmo, ele e Nara passaram uma única noite em Vitória da Conquista, durante o trajeto. “Nós pernoitamos aqui. E foi o suficiente para ele ser concebido”, disse o cantor e compositor, entre sorrisos. O show no Natal da Cidade, em praça pública, seria então uma ocasião propícia para retribuir à cidade pelo fato de ela ter servido de palco para a concepção de alguém que lhe é tão importante? “Certo”, respondeu Erasmo. “E fazendo o que eu mais gosto e o que mais tenho de sincero e de amor no meu coração, que é cantar minha música para todo mundo”. O que se viu durante o show não deixou dúvidas quanto ao que o cantor disse: “cantar sua música para todo mundo” parece ser, de fato, “o que Erasmo mais gosta, e o que mais tem de sincero e de amor em seu coração”. E agora – com 72 anos de idade e mais de 50 de carreira – mais do que nunca.

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‘Festa maravilhosa’ – O que dizer da incendiária interpretação de “Quero que vá tudo pro inferno”, sucesso da época da Jovem Guarda? Ou da inclusão de músicas mais recentes, inclusive do último álbum, intitulado “Sexo”? Ou, ainda, do fato de boa parte do público tê-lo acompanhado em sucessos como “Gatinha manhosa”, “Mulher (Sexo Frágil)”, “Mesmo que seja eu” e, obviamente, “Sentado à beira do caminho”? Uma pista para a resposta pode estar nos vários rostos jovens, com olhos em lágrimas, que, enquanto ele cantava um “medley” de sucessos românticos, compostos com o parceiro Roberto Carlos ao longo dos anos 70, espalhavam-se pela praça – todos eles femininos. Outra resposta pode estar na banda que o acompanha, cuja qualidade é indiscutível.

 

O que significa que Erasmo não parou no tempo, e nem pretende parar. Os solos das guitarras “Gibson” estiveram lá para atestar. “Agradeço à Prefeitura, que faz esta festa maravilhosa. Estaremos sempre por perto”, avisou ao público, pouco antes de encerrar o show. Delírio – Antes disso, no entanto, protagonizou um momento de catarse pessoal em que foi visível, nele, a satisfação diante da resposta que obtinha do público. Erasmo afastou-se do microfone, dirigiu-se à frente do palco e pôs-se a agradecer ao público de forma intensa, aos berros.

O público, já eufórico, foi ao delírio – que só aumentava, à medida que o artista gritava ainda mais e apontava para os céus, evidenciando sua conhecida tendência mística e aparentando fazer agradecimentos pelo que lhe acontecia naquele momento. “Não quero ver ninguém triste em Vitória da Conquista!”, disse, a certa altura do show. A julgar pelo que ocorreu ali, na primeira noite da programação musical do Natal da Cidade, foi impossível a alguém sair dali nesse estado.

Fonte: Secom – PMVC



Cultura, Vitória da Conquista

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