A agenda negativa que marcou a relação entre PMDB e Palácio do Planalto nos últimos tempos não abalou nem um centímetro o consórcio de poder formado entre a legenda e a presidente Dilma Rousseff para a eleição de 2014. Quem garante é o presidente do Senado, Renan Calheiros, um dos cardeais de mais alta patente do partido.
Durante almoço com empresários do Lide (Grupo de Líderes Empresariais) ontem, em São Paulo, ele foi categórico ao dizer que Michel Temer reeditará a dobradinha de 2010 como vice de Dilma, mas cobrou mais diálogo na construção dos pilares da próxima gestão. “Temos que conversar sobre como será a agenda dos próximos meses e também do próximo governo”, disse Renan.
O discurso otimista ignora os choques entre o partido e o governo no Congresso Nacional, as crises nos diretórios regionais rebeldes anti-PT e os focos de incêndios na divisão de cargos nas autarquias e ministérios. “Vivemos um momento de dificuldade na administração partidária, mas, apesar de muitos terem vaticinado nosso fim, o PMDB ainda é o maior partido do país”, afirmou o presidente do Senado.
Diante dos empresários, ele reconheceu que a legenda ainda está longe de realizar seu maior sonho: lançar um candidato próprio e competitivo para disputar o Palácio do Planalto. “O PMDB não tem hoje grandes lideranças nacionais, mas temos os mais fortes líderes regionais”. Com informações do Brasil Econômico
